ANJOS PEDINDO AJUDA DELES

Pedindo ajuda angélica.


 

Em seu livro “Os anjos podem mudar sua vida”, David Walker apresenta quatro condições necessárias no ato de pedir auxílio: querer, poder, saber e atrever-se.
 
Condição 1: Querer
É condição essencial que você queira realmente pedir ajuda aos planos superiores da existência. O querer é o motor de tudo: se o motor enguiçou ou nem sequer existe, não haverá possibilidade de chegar à meta, nem de obter o mínimo resultado.
 
Condição 2: Poder
Todos podemos e todos podem. Nem sequer o fato de você não acreditar na existência dos anjos é um impedimento para recorrer a eles e para se beneficiar de sua ajuda. Não se trata aqui de nenhum tipo de “autoprogramação”, “auto-hipnotismo”, nem sequer “auto-ajuda”, mas sim de pedir – e obter – o auxílio de seres tão reais como nós, embora nossos sentidos não sejam capazes de percebê-los.
 
Condição 3: Saber
Em realidade, não existem protocolos nem normas estabelecidas. Quando tentamos nos dirigir aos anjos, qualquer pedido sincero e de coração será escutado e atendido. Entretanto, para evitar interferências, é bom ter presente as seguintes recomendações, que não são mais que leis universais aplicadas a este caso particular:
 
1. Evitar as pressas e a precipitação. Embora conste que as chamadas urgentes e desesperadas são pontual e atentamente atendidas, o contato com nosso anjo da guarda – ou com qualquer outro – se realiza melhor numa atmosfera de calma e tranqüilidade, tanto interior como exterior.

2. Ter sempre muito presente o imenso poder criativo da palavra. O bate-papo inconsistente e ocioso encerra sempre um perigo, e esse perigo se multiplica por mil quando os términos que usamos têm uma carga transcendente ou divina. A proibição judia de pronunciar o nome de Deus em vão não é sem motivo. E precisamente um dos mais freqüentes abusos da palavra são as blasfêmias e maldições. É conveniente evitar a companhia de quem acostuma poluir o espaço com suas palavras, afastando a energia positiva que normalmente o habita. É importante se abster do emprego inconsciente daqueles términos que se referem ao mais sagrado:  Deus, Jesus, a Virgem, e todas as combinações de letras que nos conectam, de um modo ou de outro, com os planos superiores. O uso destas palavras sempre causa um efeito e sua utilização em momentos de cólera ou de rancor é como lançar uma pedra para cima que, muito provavelmente, cairá mais tarde sobre nossa própria cabeça. Tudo transcorrerá melhor se deixarmos as palavras importantes para os momentos importantes.

3. Tratar de utilizar sempre em nossa petição o tempo presente.  No mundo dos anjos não há passado nem futuro; há 1300 anos já escrevia o sábio sufí Nasafi: “Os anjos estão no mundo invisível, eles mesmos são o mundo invisível. Nesse mundo não há ‘ontem’, nem ‘amanhã’, nem ‘ano passado’, nem ‘ano presente’, nem ‘próximo ano’. (...) No mundo invisível, não há tempo nem dimensão temporária. Tudo o que existiu, existe e vai existir, está sempre presente”.
 
Por isso, devemos nos esforçar em evitar o uso do passado e do futuro, porque o com o uso desses tempos verbais pode ser que o Anjo ao qual dirigimos nossa petição tenha problemas para captá-la. Lembre-se que ele só conhece o agora.
 
4. É necessário expressar-se sempre de uma maneira positiva. Não devemos pedir:  “Que eu não perca meu emprego”, ou “Que não morra meu marido”, e sim, singela e sinceramente, o que realmente desejamos: manter o trabalho ou que o marido desfrute de saúde e o amor reine no lar. Ao utilizar frases negativas, mesmo sem consciência disso, já estamos imaginando a perda, a derrota, e isso é o que transmitimos aos planos mais sutis da realidade e aos seres que ali recolherão nossas súplicas; em conseqüência, é muito provável que isso seja o que obtenhamos no final.
 
5. Tratar de considerar o assunto como já resolvido e, inclusive, incluir em nossa petição o agradecimento por ter sido atendido. É a forma mais efetiva de eliminar as dúvidas, que de outro modo também serão transmitidas, dificultando todo o processo. Outra coisa: evitar que, durante a petição, nossa mente esteja em realidade transmitindo: "quero isto, mas não tenho muita confiança em que esta petição sirva para algo". A qual de ambas as idéias deverão os Anjos então responder então?
 
6. Ser muito cuidadoso ao pedir, pois receberemos exatamente aquilo que estamos solicitando, com toda uma séria de implicações – inerentes ao feito ou ao objeto pedido – que talvez agora nem sequer imaginemos alcançar. O exemplo da moeda é válido em todas as circunstâncias e situações da vida: não é possível ficar com apenas um lado - quem a quiser, terá que ficar com a cara e com a coroa.
 
7. Ser claro, objetivo e evitar as incongruências. Os anjos não gostam das tolices. Não devemos cair no absurdo da clássica oração jocosa: “Senhor, me dê paciência, mas a quero já!”.
 
8. Finalmente, é importante agradecer. Isso encerra e conclui o ciclo. A ação de agradecer consolida o obtido e nos confere título de propriedade sobre isso. Omiti-la é como deixar aberto um circuito pelo qual pode escapar a energia com efeitos indesejados.
 
Condição 5: Atrever-se
O passo mais decisivo é atrever-se a abordar um tipo de comunicação e de relação totalmente diferente. Dizia Anthony do Mello:  “O que faz falta para despertar? Não é necessário nem esforço, nem juventude, nem muito discorrer.  Só é preciso uma coisa: a capacidade de pensar algo novo, de ver algo novo e de descobrir o desconhecido. A capacidade de nos mover para fora dos esquemas que temos, de saltar sobre eles e de olhar com olhos novos a realidade”. Assim, é preciso nos atrevermos a pensar que, mesmo que nossos sentidos não os captem, existe a possibilidade de que os anjos sejam uma realidade e de que a comunicação com eles seja perfeitamente factível.
 
Nota da Redação:
Este artigo foi extraído, traduzido e adaptado da versão em espanhol do livro “Los Angeles pueden cambiar tu Vida”, de David Walker.